Estudante de medicina leva zero em redação após ir contra ideologia de gênero
- 05/12/2025
Samantha Fulnecky, estudante cristã do terceiro ano de Medicina com especialização em psicologia na Universidade de Oklahoma (OU), foi reprovada em uma redação após citar princípios cristãos e ir contra a ideologia de gênero.
O caso gerou uma queixa formal de discriminação religiosa, ganhou repercussão nacional e mobilizou até mesmo o governador de Oklahoma.
O Conteúdo da Redação
O trabalho fazia parte da disciplina “Desenvolvimento ao Longo da Vida” e exigia que os alunos opinassem sobre um artigo acerca de expectativas sociais de gênero.
Samantha recebeu zero em 25 pontos por sua redação, na qual argumentava, com base em sua fé, que a ideologia de gênero era um ataque ao projeto divino. Segundo o jornal The Oklahoman, a estudante escreveu que Deus criou apenas dois gêneros com papéis distintos e classificou a ideologia de gênero como “demoníaca” e um ataque satânico.
Em seu texto, ela declarou:
“Discordo veementemente da ideia apresentada no artigo de que incentivar a aceitação de diversas expressões de gênero poderia melhorar a autoconfiança dos alunos.” “A sociedade propaga a mentira de que existem múltiplos gêneros e todos devem ser o que quiserem é demoníaco e prejudica gravemente a juventude americana.”
A Resposta do Professor e a Nota Zero
O professor William “Mel” Curth (que utiliza os pronomes “ela/elu”) justificou a nota zero, especialmente devido ao uso do termo “demoníaco”, que considerou ofensivo.
Em comentários na plataforma acadêmica, Curth argumentou que a penalização não se deu pelas crenças da estudante, mas por:
- “Contradições”;
- “Uso excessivo de ideologia pessoal em vez de evidências empíricas”;
- “Linguagem ofensiva”.
Queixa Formal e Apoio Governamental
Samantha, chocada com a nota (normalmente dada apenas por trabalhos não entregues), apresentou uma queixa formal de discriminação religiosa, alegando que a tarefa pedia expressamente uma opinião, e não evidências científicas.
Em entrevista à CBN News na última quarta-feira (3), Samantha afirmou que as tarefas anteriores de opinião para a mesma disciplina receberam nota máxima e que nunca foi exigido o uso de evidências empíricas.
“A tarefa era para expressar nossa opinião e reação a um artigo sobre estereótipos e ideologia de gênero. E foi isso que fiz. Apenas dei minha opinião, e são apenas redações curtas. Nunca nos foi exigido nenhum tipo de evidência — apenas nossa opinião,” ela relatou.
O caso escalou para o nível estadual, com o governador de Oklahoma, Kevin Stitt, cobrando providências da instituição em defesa da liberdade acadêmica e religiosa:
“A [Primeira] Emenda é fundamental para a nossa liberdade [e] inseparável de uma educação completa. A situação na OU é profundamente preocupante. Apelo aos regentes da OU para revisarem os resultados da investigação [e] garantam que outros alunos não sejam penalizados injustamente por suas crenças,” escreveu Stitt no X.
Resposta da Universidade
A Universidade de Oklahoma divulgou um comunicado confirmando ter iniciado uma investigação imediata do caso, reforçando que leva “muito a sério” questões envolvendo direitos da Primeira Emenda, incluindo liberdade religiosa.
Como resultado do processo de apelação:
- A instituição tomou medidas para evitar prejuízo acadêmico à aluna, garantindo que a nota zero não será contabilizada em sua média final.
- O professor William “Mel” Curth foi colocado em licença administrativa e substituído por um professor em tempo integral.
Apesar da solução para a nota, Samantha afirmou ainda em choque com o incidente, que, segundo ela, demonstrou uma penalização clara de sua opinião baseada em princípios cristãos.
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